26.5.09
Pretérito imperfeito
Seria tu aquele que me daria colo, alento. Seria tu meu contador de fábulas de brilhar olhos. Nelas, seria sempre tu meu eleito – dar-te-ia todo cuidado que descobriria ser eu capaz de prover. E também eu te contaria histórias que poderíamos ser, colorindo de fantasia um amor que seria. Mas eu quis acabar com isso, quando levei a dúvida ao extremo. Sim, sinto uma falta... sinto uma falta. Do abraço ausente. Do refúgio que foi teu quarto. E agora, me pergunto: quem te dá alento? quem te dá cuidado? quem te diz: "estou aqui do teu lado"? Queria te contar uma esperança que começasse no café doce e terminasse com o sono noturno interrompido. Diria: vem aqui, acalma-te: vai passar. Mas já não posso, já não posso.
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O que não podemos nos define tanto quanto o que podemos, fazemos ou dizemos. Na negação também há uma afirmação e te ver assim se afirmando/negando me comove e apaixona. Sou sua fã e sua amiga.
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