23.7.09

Limítrofe

Meu colesterol está limítrofe. Fiquei bestinha com o resultado dos exames. Bom, mas limítrofe é bem como tenho me sentido. Tô chegando perto de terminar o mestrado, tô pertinho dos trinta, acabando umas coisas, perto de começar outras. Meus pais ainda acolhem a filha deles em sua casa (eu!), e chegou o momento em que nossas relações de pais e filha vão ficando absurdas pro que tô querendo ser... chegou aquele momento em que a despedida do ninho, só em planos desconexos, já é tardia.
Tô menos distraída, tô ficando mais teimosa, o universo achou de não girar mais em torno de mim, não tá mais se encarregando das minhas coisas: "toma que o filho é teu". Tô cobrando coisas do meu namorado, tô me apegando mais à família e aos amigos, tô com medo de engarrafamento, a comida de casa é a melhor do mundo, e tantas vezes me pego surpresa que meus sobrinhos tão crescendo muito rápido. A literatura passou a ser uma companhia, as coisas não estão boas do jeito que são e o que antes era tão importante agora nem tá mais na minha lembrança. Aprendi que existe mais de um tipo de colesterol, que tem o bom e o mau. E tô indo ali na praça não é pra bater papo com as amigas, nem pra passear, é pra caminhar e tentar fazer baixar o danado do colesterol!

9.7.09

Bom, voltei por aqui. Passagem rápida, em respeito aos meus leitores, que posso contar nos dedos da mão, mas que vêm por aqui, mesmo a despeito da raridade dos meus posts. Escrevo tão pouco que vou chamá-los de visitantes mesmo, principalmente aquela borboletinha que sobrevoa sempre por aqui, mais do que eu mesma!
Quero falar pra vocês sobre uma recente descoberta que realizei, e que esta descoberta aqui, vocês já empreenderam faz uns 10, 15 anos (apesar de que a faixa entre nossas idades reais são bem menores que isso). Portanto, não pretendo que seja nenhuma lição.
Mas lá vai: hoje, revelou-se pra mim claro como a luz do sol que jamais viverei um relacionamento de verdade, se eu não abrir mão de estar certa, de me sentir justa e justiçada, de exigir confissões, de sair por cima, de estar no controle, enfim. Ah, desconfio que o mesmo também vale para o meu companheiro. Sobre isso já li, ouvi, inclusive estudei. Mas só agora iniciou minha descoberta. Como fazer isso - por falar em descobrimento - são outros 500. Mas já tenho algumas pistas. Por exemplo: deixar certas coisas "pra lá", mas deixar pra lá de verdade.